Watamote É Sobre Amadurecer

9 setembro 2025

WataMote não é sobre ser popular, é sobre amadurecer

WataMote pode até ser apresentado como a história centrada na Tomoko Kuroki, uma adolescente de 15 anos prestes a ingressar no ensino médio, que não tem amigos e sonha secretamente em ser popular porém falha miseravelmente. Mas, olhando de perto — e especialmente acompanhando o mangá além dos primeiros volumes e do anime — fica claro que esse não é apenas um anime de Humor negro, Humor Cringe e Slice Of Life sobre impopularidade, e sim um registro honesto (e dolorosamente divertido) do processo de amadurecimento.

Humor e solidão: o tom episódico inicial

Nos volumes iniciais, especialmente entre 1 a 4, a narrativa se monta quase como uma sequência de esquetes sobre falhas de interação social, crises existenciais, pequenas frustrações e tentativas cômicas de Tomoko para "se encaixar" de algum jeito. O leitor acompanha seus humores extremos, sua incapacidade de fazer amigos ou de se considerar minimamente normal. Ela mesma tenta se convencer de que é popular só por ter trocado meia dúzia de palavras com garotos durante todo o ensino fundamental.

*Tomoko lida com a adolescência justamente pela via da visão distorcida influenciada pela fantasia:* se distrai com animes, jogos otome e longos diálogos consigo mesma, quase sempre filtrando o mundo através de expectativas criadas por cultura pop ou preconceitos próprios. Às vezes ela se vê como alguém acima dos "normais", outras vezes só consegue se imaginar como uma eterna rejeitada. O mangá nunca se furta de mostrar o quão ilógicas (e humanas) são essas oscilações.

Ao longo dessa primeira fase, os únicos laços reais da Tomoko com o mundo são sua família — principalmente sua mãe e seu irmão Tomoki, com quem ela mantém uma convivência caótica, mas genuína. Eventualmente, ganham destaque a presença da prima Kiko Satozaki e, mais importante, o contato com sua única amiga da época do ensino fundamental, Yū Naruse (além de Kotomi Komiyama, que explicarei mais adiante). Essas relações são retratadas quase sempre com embaraço, atritos ou confusão, mas são elas que servem de âncora emocional para Tomoko nesses primeiros volumes, trazendo algum senso de humanidade à sua rotina de isolamento e devaneios.

Primeiros sinais de mudança: o Festival Cultural

A virada narrativa mais marcante dos primeiros volumes ocorre no arco do Festival Cultural do primeiro ano. Até então, acompanhamos Tomoko colecionando momentos de embaraço, fracassos sociais e uma eterna sensação de não pertencimento. O festival, por tradição algo que deveria ser memorável para qualquer estudante japonês, para Tomoko começa como mais uma sequência de fracassos: ela vaga sozinha, observa à distância os grupos de colegas se divertindo e, no máximo, presta pequenos favores sem jamais ser notada de verdade.

Mas esse sentimento de invisibilidade é quebrado por Megumi Imae, apresentada ao leitor como a representante de tudo o que Tomoko não é: extrovertida, admirada, confiante e, principalmente, genuinamente gentil. Megumi aparece ao longo do arco como a presidente do festival — aquela aluna que transita com naturalidade entre todos os grupos, resolve problemas, acolhe colegas, agradece o esforço de quem passou despercebido na preparação. Ela serve de contraste, mas também de inspiração, pois é o exemplo real de alguém que conquista respeito e afeto pelo modo como se importa com as pessoas.

No segundo dia do festival, essa diferença se cristaliza. Tomoko, depois de se despedir da única amiga verdadeira que ainda restava da época do fundamental — Yū — e vê-la cercada de novas amizades, se prepara para voltar à rotina de isolamento. É nesse momento que Megumi, notando a solidão de Tomoko num canto da escola, interrompe seu próprio caminho para lhe oferecer um balão e um abraço silencioso. Não há discurso, apenas um gesto de reconhecimento: um “eu te vejo” quando Tomoko mais precisava ser reconhecida.

A importância desse momento vai além da caridade. Megumi Imae, ao agir sem paternalismo e sem espetáculo, marca a primeira vez em que Tomoko recebe um afeto legítimo da escola: ela é enxergada, não como um projeto de alguém popular ou como objeto de pena, mas simplesmente como alguém que existe e merece um pouco de calor humano. É também o ponto em que a narrativa — e a própria protagonista — deixam claro: mudar não significa se tornar automaticamente popular ou querida, mas aceitar que toda conexão, por mínima que seja, pode ser o início de uma nova trajetória.

A partir desse pequeno grande gesto, WataMote começa a abandonar o formato totalmente episódico e investe nos reflexos de amadurecimento progressivo de Tomoko — que, entre recaídas e progressos, aprende que ser notada e cuidada é o primeiro passo para amadurecer.

Hina Nemoto e Komiyama: o começo de expansão social

A solidão de Tomoko nunca é absoluta. Por mais que ela se autoisole e insista na narrativa “ninguém me nota”, aos poucos ela se depara com figuras fora do núcleo familiar que abrem brechas para algo novo: Hina Nemoto e Kotomi Komiyama.

Hina Nemoto é apresentada como uma colega de classe expansiva e bem-humorada, o tipo de estudante que toma iniciativa e não tem medo de puxar conversa. É dela o primeiro contato positivo da Tomoko quando as trocas de lugar no início do segundo ano a aproximam da garota mais falante da sala. Hina, diferente de Tomoko, tende a ver o melhor das pessoas e não hesita em tratar Tomoko com simpatia genuína, seja a acolhendo nas brincadeiras ou rindo involuntariamente de sua apresentação nonsense. Neste ponto, Hina representa para Tomoko não apenas a possibilidade de uma amizade, mas a ideia de que existe espaço para conexões improváveis, mesmo para quem acha não ter salvação social.

Kotomi Komiyama, por outro lado, é um caso curioso: colega de escola desde o fundamental, mas só realmente ganha cor e presença quando os caminhos delas voltam a se cruzar. Kotomi simboliza tanto um "rival" quanto um espelho: seu passado entrelaçado com Tomoko e Yū faz com que ela ocupe ora o papel de aliada, ora o de antagonista em pequenas disputas por relevância, afeto e até comentários sarcásticos. A instabilidade desse vínculo é o que torna tão realista o amadurecimento social de Tomoko — ela vai aprendendo (na marra) que toda relação é feita de altos, baixos, ranços e recomeços.

É a partir desses dois eixos — Hina e Kotomi — que a esfera social de Tomoko começa a, lenta e organicamente, se expandir. O mangá opta por não retratar uma mudança brusca, mas um processo de pequenas colaborações, discussões, mal-entendidos e aproximações possíveis dentro da rotina escolar, mostrando que construir laços pode, sim, começar com um simples “bom dia” ou uma briga besta no banheiro.

A Mudança mais notável: O arco da viagem de campo a Kyoto

Se o Festival Cultural do primeiro ano plantou a primeira semente da mudança, é no arco da viagem de campo para Kyoto que WataMote mostra seu salto de maturidade narrativa — e onde Tomoko realmente começa seu processo de amadurecimento social.

A viagem de classe, um dos rituais mais aguardados do ensino médio japonês, é para Tomoko um dos maiores terrores: a impossibilidade de se esconder, a necessidade de formar grupos, conviver o tempo inteiro com pessoas que mal conhece... tudo parece receita para desastre. Mas, exatamente por isso, é nesse contexto que ela se vê "forçada" a criar novas conexões.

No começo do arco, Tomoko entra em pânico ao perceber que será a líder de um grupo formado por outros desajustados sociais — Yuri Tamura, Masaki Yoshida e Emiri Uchi. A dinâmica entre eles vai de um silêncio constrangedor a conflitos divertidos, passando por momentos de cumplicidade involuntária. Pequenas ações, como rir por causa de pijamas estranhos ou fazer piadas durante passeios turísticos, criam experiências partilhadas e memórias reais de juventude.

Quem desempenha um papel essencial nesse processo, aliás, é a professora Ogino que durante o primeiro ano foi a professora de Educação Fisica e desde do segundo ano atua como professora em geral. Ela é, ao mesmo tempo, um catalisador de constrangimento (nada supera ser posta na berlinda com perguntas como “você fez amigos?”) e um suporte real para a Tomoko progredir. Por mais que muitas das interações com a Ogino resultem em vergonha alheia, ela é frequentemente a única adulta interessada em saber, de verdade, se Tomoko está participando e tentando se enturmar. Em vários momentos do arco, é Ogino quem empurra Tomoko para fora do seu casulo — seja ao dar tarefas de liderança de grupo, seja ao encorajar colegas a interagirem com ela, mesmo de um jeito constrangedor.

É nessa viagem que, pela primeira vez, Tomoko compartilha piadas, passa por vergonha ao lado dos outros, briga, pede desculpas, sente cuidado e, principalmente, aprende a enxergar os colegas para além dos próprios rótulos. Ao invés de buscar fugir da exclusão, ela começa (sem perceber) a fazer parte de uma pequena rede de amizades imperfeitas — não por interesse, mas por uma soma de convivências forçadas, gestos de empatia inesperados e até pequenas gafes.

O arco termina transformando o temor inicial da viagem em uma coleção de memórias que, retrospectivamente, Tomoko reconhece como valiosas. O Arco do Kiyoto é, no fundo, sobre aprender a existir com os outros, aguentar desconfortos, rir dos próprios absurdos e descobrir que, mesmo de modo torto, sempre há espaço para amadurecer — e WataMote amadurece junto da sua protagonista nessa jornada, com Ogino (para o bem ou para a vergonha) sendo parte ativa dessa virada.

Como naturalmente esse ciclo se forma até o fim do segundo ano

WataMote é, acima de tudo, sincero ao mostrar como amadurecer não acontece rápido, nem de um jeito romântico — e o crescimento da Tomoko, depois da viagem a Kyoto, é pura construção de cotidiano.

Ao retornar da excursão, a Tomoko ainda se vê cheia de inseguranças e recaídas, mas já começa a sentir pequenas mudanças que, somadas, criam algo novo: agora ela tem vínculos. Vínculos que se formam quase sem perceber, e não por alguma epifania: são feitos de convívio, constrangimento, pequenos favores, desentendimentos e reconciliações desajeitadas.

A aproximação com Yuri é provavelmente o maior símbolo desse ciclo. Yuri, inicialmente apenas uma colega de grupo, vai aos poucos se mostrando uma pessoa tão socialmente deslocada quanto Tomoko — e isso acaba se tornando confiança real depois de Kyoto. Com ela, Tomoko descobre como o silêncio pode ser confortável, como dividir um almoço na escola pode ser um grande passo, e aprende até a lidar com pequenas provocações e piadas internas compartilhadas entre as duas. Elas se apoiam, às vezes em silêncio, às vezes em conversas atrapalhadas, mas há ali um senso de “somos iguais”, raro e precioso para quem sentiu a vida toda que não pertence a lugar nenhum .

Com Masaki Yoshida, a dinâmica é totalmente diferente: a princípio, Tomoko a julga (como faz com todo mundo) por ser “delinquente”, mas logo percebe que a aparência de Yoshida não revela tudo e elas acabam cúmplices em diversas situações cotidianas, daquelas que só quem está meio à margem dos “normais” pode entender. O laço entre elas é costurado entre tapas (literalmente!), vergonha, piadas de mau gosto, mas também pequenas demonstrações de cuidado e companheirismo inesperados.

A amizade com Hina Nemoto surge do nada — a típica colega “gente boa” que arrasta Tomoko para conversas. Mas para Tomoko, esse vínculo cresce de forma curiosa: é ao descobrir quase sem querer (“acidentalmente”) que Hina também gosta de animes e mangás que Tomoko percebe que as pessoas podem ser mais parecidas com ela do que aparentam. A partir desse segredo compartilhado, as conversas das duas passam a ter outro tom — agora mais íntimo, cúmplice e menos inseguro.

Komiyama, por sua vez, representa para Tomoko o estranho sentimento de reencontrar uma conhecida antiga que já foi praticamente rival e, aos poucos, cultivar um tipo de trégua: elas não se tornam “melhores amigas”, mas aprendem a dividir momentos de sinceridade, de zoeira e, claro, de ciúmes e picuinhas, algo que faz parte do amadurecimento social. Há muito de humanidade nessa relação: aceitação dos limites, dos desentendimentos, mas também respeito pelo passado em comum.

Já Emiri Uchi surge como um enigma: pouco a pouco, a convivência revela que ela também carrega suas inseguranças e um olhar curioso por Tomoko, se aproximando e se afastando num vaivém típico das amizades de adolescência. Uchi não é só uma colega — ela pressente o “diferente” em Tomoko, desafia e provoca, mas acaba formando também seu próprio laço. Aos poucos, Tomoko percebe que é possível ser olhada e até estranhamente admirada mesmo por quem não parece, à primeira vista, compatível.

E nesse panorama entram mestres da mudança lenta: Megumi Imae, a presidente do conselho estudantil, catalisa várias dessas relações. É Megumi quem, com sua gentileza sem paternalismo, serve de exemplo prático para a Yoshida: quando Tomoko se sente perdida ou humilhada, Megumi aparece em momentos-chave — seja encorajando pequenos gestos de ajuda, celebrando conquistas discretas ou, mais tarde, sendo a primeira a acolher e orientar a Yoshida quando ela precisa. Segundo o próprio texto, é graças a esse exemplo de gentileza e abertura que a própria Yoshida se permite ser mais paciente e “protetora” com Tomoko, dando início a uma amizade que teria sido impensável nos primeiros capítulos.

A reta final do segundo ano guarda ainda um dos momentos mais simbólicos disso tudo: o reencontro e o abraço silencioso entre Tomoko e Megumi antes da formatura. Tomoko, que passou praticamente dois anos esperando pelo “exemplo” ou pela aprovação dos outros, naquele instante percebe que mudou. Ali, reconhece que cresceu o suficiente para acolher — e ser acolhida — sem precisar de explicações. Não é o final de um ciclo brilhante, mas o ápice da honestidade de WataMote: amadurecer é dar pequenos passos para fora de si (e às vezes, mesmo assim, ainda tropeçar) — é ser, antes de qualquer coisa, humano junto com outros humanos

E no final, WataMote é apenas sobre amadurecimento social

O grande trunfo de WataMote está em transformar o amadurecimento real em narrativa – e poucas obras retratam tão bem o processo lento, cheio de recaídas e pequenos ganhos que compõem o crescimento de alguém marcado pela ansiedade social. Basta olhar para a Tomoko do primeiro ano e compará-la à do início do terceiro para notar o quanto a série é, em essência, um estudo sobre autodescoberta, pertencimento e aceitação gradual dos próprios limites.

A Tomoko do Primeiro Ano: Medo, Isolamento e Fuga

No primeiro ano, Tomoko é puro nervosismo. A sua percepção do ambiente escolar é uma mistura de paranoia, vergonha e uma permanente sensação de inadequação. Toda a rotina de Tomoko é marcada por um ciclo de autossabotagem: ela teme a opinião dos outros, interpreta qualquer contato como crítica (ou ameaça), e reage à solidão com fantasias de superioridade, humor autodepreciativo ou isolamento ainda maior. Ela passa a maior parte do tempo sozinha, ou no máximo com Yū, tentando justificar para si mesma que “ficar na dela” é mais interessante do que de fato é.

Seus casos com a família (mãe e irmão Tomoki), ou com crias de vínculos superficiais com Komiyama ou colegas, são marcados por ruídos, mal-entendidos e competitividade silenciosa. Seu círculo social (quando existe) é imposto – muito raro ser resultado de escolha mútua ou construção voluntária. Qualquer evento fora do previsível – um festival, uma troca no grupo de sala, uma gafe mínima – traz à tona toda sua insegurança, e geralmente ela termina sozinha, justificando para si que “ninguém na escola presta”.

A Tomoko do Terceiro Ano: Laços, Escuta e Reconciliação

No começo do terceiro ano, porém, outra Tomoko (mais sóbria, mas ainda assim desastrada) emerge. A principal diferença é o modo como ela começa a ser vista e procurada pelos outros – não tanto pelo que ela “faz”, mas pelo simples fato de existir. Agora, Tomoko faz parte de rodas de conversa, é chamada para grupos de estudo, pensa junto nos eventos da sala e é lembrada com carinho (ou provocação) mesmo quando não está presente.

Ela passa a se relacionar com suas colegas (Hina, Yoshida, Yuri etc.) de forma mais horizontal. As discussões não giram mais só em torno da neurose da rejeição, mas da partilha: Tomoko escuta os problemas alheios, acolhe as pequenas crises de Komiyama, ajuda a resolver conflitos e, inclusive, serve de ponte para que colegas reatem amizades perdidas pelo caminho. Suas gafes ainda existem – Tomoko segue sendo Tomoko – mas a diferença é o quanto ela entende agora que errar faz parte, e que pode ser acolhida mesmo em situações embaraçosas.

Outro ponto chave está no entendimento que a Tomoko do terceiro ano desenvolve sobre quem ela é: suas identidades possíveis. Ao contrário do começo da série, quando tudo era uma luta para “ser normal” (ou seja, para mascarar seus gostos e esconder sua suposta inferioridade), agora ela consegue falar espontaneamente sobre animes e otakices com Hina, discute suas ideias mais honestamente, aceita que pode ir de cosplay ou sem maquiagem, sem que isso signifique aniquilar a autoestima. É notável como ela aprende na prática o valor da amizade “improvável”: laços com Yuri (a “solitária silenciosa”), Yoshida (a “delinquente de bom coração”), Hina (a ‘gregária’) e Komiyama (a ex-rival meio neurótica) se tornam tão reais quanto imperfeitos, e justamente por isso, verdadeiros.

Isso se vê de forma muito clara na relação com Komiyama, que no primeiro ano era só ruído, comparação e ressentimento (de ambas). Já no terceiro ano, são duas pessoas que se cutucam, mas também se escutam; dividem almoços, brincam sem máscaras e protagonizam cenas de cumplicidade genuína, como nas pequenas ajudas, piadas internas ou na proteção mútua em situações difíceis.

A virada, agora coletiva

Um detalhe interessante é perceber que o amadurecimento da Tomoko também influencia o grupo: a capacidade dela de pedir desculpas, reconhecer o próprio erro e tentar se aproximar das pessoas abre espaço para que os outros também revejam suas posturas. Mesmo as personalidades difíceis, como Uchi (Emiri) ou Komiyama, acabam relaxando e se permitindo compartilhar vulnerabilidades. Isso cria uma rede em que, ao contrário do início, ninguém está ali só por pena ou conveniência – agora existe cuidado real, amizade construída no ordinário da escola e do cotidiano.

Em síntese, WataMote parte do extremo da ansiedade social, atravessa o caos da adolescência e entrega (sem nunca romantizar) uma noção de amadurecimento pautada na humildade de crescer. A Tomoko do terceiro ano ainda erra, ainda tropeça – mas agora reconhece que pode recomeçar, porque servir de companhia, de ouvinte ou de ombro, é também uma forma de pertencimento.

WataMote mostra que amadurecer não é (nem deve ser) virar um ideal de popularidade — mas viver bem com as próprias marcas, encontrar sentido nas pessoas certas, e aceitar, com leveza, que crescer dói, mas também pode ser, a seu modo, divertido.